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Durante uma entrevista da TV Guia a Isabel Pinheiro, mãe de Marie, começou por recordar o passado traumático da filha: “A primeira vez que a levei a um psicólogo tinha 11 anos. O médico olhou para ela e achou que estava depressiva, com o olhar perdido. Fomos depois a uma pedopsiquiatra que me disse que era anorexia. Fiquei apavorada. A gente ouvia falar, mas sentir na pele é completamente diferente. A médica disse-me que isto era uma doença demorada. Leva tantos anos que ainda hoje não está resolvido”.
Isabel revelou que Marie tornou-se “agressiva”, principalmente consigo: “Dizia que não queria comer e atirava-se para o chão a espernear. Parecia que estava possuída… Não era normal. Tornou-se muito agressiva connosco dentro de casa, principalmente comigo. Era eu quem a contrariava. Obrigá-la a comer era quase uma sentença de morte”.
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“Há um grande desamor para comigo que não consigo entender. Se eu falar bem para ela ainda goza comigo. Há ali uma ausência de sentimentos. “O Martinho [o pai] sabe que está errado, mas como é filha permite. Eu digo-lhe que ele não pode fazer tudo o que ela quer”, disse.