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Na tarde de ontem, 22 de Dezembro, Filipa Lemos foi uma das convidadas de Tânia Ribas de Oliveira, na RTP1, no programa “A Nossa Tarde”.
Durante a conversa, onde apresentou o seu novo single, também falou sobre a recente morte do seu irmão, Tony Lemos, que chocou o país inteiro.
A vocalista da banda ‘Santamaria’ dedicou um recado aos vários artistas: “O meu irmão era incapaz de dizer que não ao que quer que fosse. O meu irmão fez muitas carreiras de muitos artistas. Uns mais conhecidos que outros, são artistas, não interessa o grau de ascensão que nós temos na nossa profissão”.
Ainda desabafou: “E o meu irmão construiu muitas carreiras deu muito do trabalho dele, da inspiração dele e dos conhecimentos dele a outros colegas, porque é assim que nós devemos funcionar, nós devemos partilhar a nossa sabedoria e a mim entristeceu-me fracamente no funeral e no velório do meu irmão, saber que 90% dessas pessoas não apareceu.”
Filipa Lemos ainda mostrou-se compreensiva com este assunto de pandemia e o comparecimento em funerais: “Eu sei que há Covid, eu fui uma das pessoas que no funeral do meu irmão cheguei ao México positiva, por ter apanhado Covid cá… mas a mim entristeceu-me muito que não houvesse uma homenagem ao meu irmão nesse … O meu irmão era autor de centenas de musicas nossas e de vários artistas e entristece-me muito que haja uma balança tão desequilibrada. Uns tratam-se cá em cima outros tratam-se, mais ou menos, e esses colegas não apareceram, não estiveram lá, acho que deviam ter feito…”.
Visivelmente emocionada, ainda atirou: “E aproveito aqui para dizer também que a Sociedade Portuguesa de Autores não teve sequer a dignidade, e vou dizer esta palavra com toda a expressão e profundeza que ela tem, de emitir um comunicado que fosse a dizer que aquela pessoas que é autor daquela sociedade portuguesa de autores.. ‘O fulano tal desapareceu no dia X ‘ isso é uma coisa que me entristece e eu não me calo… A minha tristeza é , eu estive lá e vi com os meus olhos que, 90% das pessoas com quem ele trabalhou a vida toda não tiveram sequer a dignidade de lá aparecerem”.