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Catarina Furtado partilha testemunho de médica: “Já tive que escolher entre 12 doentes…”

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Nesta terça-feira, dia 26 de Janeiro, Catarina Furtado partilhou um testemunho arrepiante de uma profissional de saúde, que recebeu através de mensagem privada nas suas redes sociais.

Podemos ler no inicio da mensagem: “Há 11 meses que faço vida casa-trabalho-casa. Compras on-line, sair para correr quando tenho um dia livre uma saída de noite. Faço-o porque reconheço o perigo da ameaça. Faço-o porque já tive de escolher entre 12 doentes quem ia admitir em 3 camas. Sim, sé tinha 3 vagas. Isto já foi em Dezembro, num hospital do Norte, mas parece que ninguém quer saber. Já há muito tempo que não se admitem doentes com mais de 75 anos na unidade de cuidados intensivos”.

Mais à frente ainda revela: “Eu sou contra bairristas, lutas norte e sul bacocas, não é disso que se trata, é apenas sentir que foi preciso acontecer ao lado do palácio de Belém para ser real, como se até agora tivesse estado tudo bem. Mas não estava”.

A médica ainda desabafou: “Há 11meses que conto pelos dedos das mãos as vezes que fui a casa ver os meus pais, sempre de máscara. Há 11 meses que não lhes dou um beijo nem um abraço sentido. E pelo caminho perdi o meu avô, a pessoa mais importante da minha Vida, e tinha passado os últimos 9 meses da vida dele sem lhe dar um beijo, um abraço pelo risco que sabia que tinha em transmitir-lhe o virus. Estou exposta todos os dias no meio de doentes adaptados a vários tipos de ventiladores a esta ameaça que é invisível, mas é real”.

“Por tudo isto, e muito mais, fiquemos em casa”, podemos ler no fim da mensagem.

Confira:

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